Quinta, 18 de Setembro de 2025

Redução da Poluição no Rio Tietê Ainda Deixa Rio Vulnerável

Apesar de queda de 15,9% da mancha de poluição, apenas um ponto apresentou água de boa qualidade

18/09/2025 às 10:36
Por: Redação

O Rio Tietê continua vulnerável, apesar da redução de 15,9% da sua mancha de poluição - extensão de água imprópria para usos múltiplos -, passando de 207 quilômetros (km) em 2024 para 174 km em 2025. Apenas um ponto analisado pela Fundação SOS Mata Atlântica em toda a bacia do Tietê apresentou água de condição boa. Considerando as coletas realizadas neste ano, a maioria permanece regular, ruim ou péssima.

A conclusão é da mais recente edição do estudo Observando o Tietê, lançado às vésperas do Dia do Rio Tietê, em 22 de setembro, o maior rio paulista. Com 1,1 mil quilômetros da nascente à foz, o Tietê atravessa o estado de São Paulo de leste a oeste e corta áreas urbanas, industriais, de geração de energia hidrelétrica e de produção agropecuária.

Perda da água boa

A perda significativa de água de boa qualidade ao longo do rio é motivo de preocupação. No trecho do Tietê que fica entre a nascente, em Salesópolis, e Barra Bonita – que corresponde aos primeiros 576 km do rio –, o relatório aponta que 120 km apresentaram qualidade ruim (contra 131 km em 2024) e outros 54 km foram classificados como péssimos (eram 76 km no ano anterior). No entanto, a água de boa qualidade se restringiu a apenas 34 km, entre Salesópolis e Biritiba Mirim, redução de mais de 70% em relação aos 119 km registrados em 2024. A condição regular avançou para 368 km, frente a 250 km no ano passado.

Ações de despoluição

Ele destaca que uma parcela muito grande dessa população não é atendida pelo serviço de saneamento básico e que muitas, inclusive, não têm nem acesso à moradia digna.

A despoluição dos rios, no entanto, não depende apenas do tratamento de esgoto, lembrou Veronesi. Ele citou ainda a necessidade de manejo dos resíduos sólidos, o melhor uso e ocupação do solo nas bacias que o Tietê passa, construção de mais parques lineares nas beiras dos rios, proteção de nascentes, além do avanço no saneamento básico.